LIVRO
SOBRE O LIVRO
MULHERES QUE SOUL
Você já se sentiu desconectada de você mesma, incompleta, vazia?
Em um momento da vida me vi completamente assim perdida, sem mais saber quem eu era. Isso foi o ponta pé inicial por uma busca intensa por mim e nessa busca me transbordei. Me utilizei da ideia dos nossos antigos diários de menina para me criar e recriar nas páginas, abrir meu íntimo, narrar meus segredos, pois percebi que colocar a história no papel me ajudava a desapegar dela, a reconhecer padrões, a ressignificar dores, a expandir e reviver prazeres, a me deixar mais consciente de minhas ações… e, portanto, mais livre. Assim, em 2015 iniciei um blog, chamado Mulheres que soul, que agora se torna um livro.
Ao longo desses quatro anos, os textos acompanharam minha transição de vida, mudei de país, fui, voltei, deixei de ser cientista para trabalhar com desenvolvimento humano, filho cresceu, passei por uma grande crise conjugal e, nesses movimentos, fui notando o nascer de tantas outras mulheres que me habitavam. Nesse processo e nos trabalhos desenvolvidos em busca do feminino, observei o quanto a prática de partilhar de histórias conecta, e quanto esses textos poderiam ser uma forma de cura e reconexão com o Eu, não só para mim. No ano de 2019, então, em uma experiencia sobre a morte percebi que o projeto do livro não poderia mais deixar de existir pela minha vergonha/medo ou inação. Ele precisa vir a ser.
Os textos foram reunidos, selecionados, e nesse processo percebi que precisava levar a leitora às suas próprias experimentações. Então foram criados convites, propostas para que a mulher vá além de si, que se abra para o sensível, para a compreensão e transformação do Eu e para que se sinta mais inteira, inteirada de suas múltiplas facetas.
Nessa nova estrutura separamos os textos em 3 capítulos; O primeiro – Encontros e desencontros comigo mesma – São textos e experiências em busca de uma identidade que não se define em uma narrativa só. O segundo – Reiniciar por outro lugar – são textos e convites sobre os processos internos relacionados a transição de vida. O terceiro – Laço e desenlaço – são reflexões sobre os vários papeis como mulher, e as relações com o outro a minha volta, especialmente marido e filho.
Em todos os capítulos temos textos em versos livres, textos em prosa poética, e outros que se aproximam mais da estrutura de uma crônica, sendo o último capítulo com mais textos desse gênero. Mas confesso, aqui não ouve uma preocupação com a estrutura textual, o compromisso era com o processo do sentir criativo como um fim em si mesmo.
O meu grande desejo é que esse livro seja apenas um passo para que o Mulheres que Soul – se torne um grande movimento de incentivo as mulheres a se experienciarem com o propósito de expandirem suas potencialidades e se sentirem cada vez mais únicas, autênticas e inteiras. Para isso convido a você a compartilhar conosco as experiencias propostas, no site Mulheres que soul para criarmos juntas essa força, essa egrégora de transformação em busca da inteireza e de um mundo mais belo e acolhedor.
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